urna cistac

Diversas personalidades entre académicos, políticos, corpo diplomático acreditado em Moçambique, sociedade civil e público em geral, encheram por completo na tarde de ontem os cerca de mil acentos do Centro Cultural Universitário da Universidade Eduardo Mondlane, para o último adeus ao Professor Gilles Cistac, assassinado barbaramente no dia 03 do mês em curso na cidade de Maputo.
O velório foi marcado pela apresentação de diversas mensagens de pesar dos que directa ou indirectamente trabalharam com o Professor, que chegou em Moçambique em 1993 para trabalhar como conselheiro na Embaixada da França, tendo na mesma altura sido integrado nos quadros da Faculdade de Direito da UEM.
O Reitor da UEM, Prof. Doutor Orlando Quilambo, destacou o “extraordinário” trabalho académico e científico do Professor Gilles Cistac e a sua influência no pensamento jurídico nacional na área de Direito Público.
Segundo o Reitor, Gilles Cistac vai marcar uma geração de juristas, mesmo aqueles que não tiveram a sorte de tê-lo como docente.
Até a data da sua morte ocupava, entre outros, o cargo de Director-adjunto para Investigação e Extensão na Faculdade de Direito da UEM, tendo nesse período dado valioso contributo para o fortalecimento da pós-graduação. Foi defensor de um ensino e investigação em direito, de qualidade e deixou obras individuais e colectivas que engradecem o acervo bibliográfico nacional. De acordo com o Reitor, cada ano que a UEM graduar um novo mestre ou doutor estará sempre nesse futuro profissional uma mão de Cistac. 
Orlando Quilambo disse ainda, que a UEM vai, em sua memória, continuar a incrementar a pós-graduação não apenas na área de Direito mas em toda a Universidade.
O Reitor frisou que, Glles Cistac não deixou órfã apenas a sua filha única e toda a restante família mas deixou órfãos entre os seus pares da carreira docente, colegas e advogados, estudantes e a comunidade académica em geral que herdou o legado do seu saber e o seu carácter de homem íntegro e bom. 
Por seu turno, o Director da Faculdade de Direito da UEM, o Prof. Doutor Armando Dimande, disse que Glles Cistac, no local de trabalho como docente e investigador desenvolveu sempre relações de trabalho com muita disciplina e de respeito pelas hierarquias e, acima de tudo, com um notável e reconhecido profissionalismo. Na Faculdade de Direito Cistac leccionou as disciplinas de Direito Administrativo, Contencioso Administrativo, Direito Constitucional, Direito da SADC, Metodologia de Investigação Científica, Francês Jurídico, entre outras. Publicou mais de 50 obras e trabalhos científicos na área de Direito Público com destaque sobre Moçambique e a região da SADC. O Professor Dimande sublinhou que, no momento da sua morte, Gilles Cistac era supervisor de oito trabalhos de mestrado e dois de doutoramento. Em 2008 promoveu a criação do Centro de Estudos sobre a Integração Regional (CEDIR), unidade da UEM que visa a harmonização do direito na SADC.
Por sua vez, falando em representação do seu embaixador, o Encarregado de Negócios da Embaixada da República da França, Cyril Gerardon, garantiu que as autoridades francesas estão determinadas a ajudar no processo judicial que Moçambique deverá levar a cabo, para a responsabilização dos autores do assassinato. Gerardon afirmou que o Ministro Francês dos Negócios Estrangeiros e Desenvolvimento Internacional da França, Laurent Fabius, vai abordar com o seu homólogo moçambicano, Oldemiro Baloi, o homicídio de Gilles Cistac. 
O Encarregado de Negócios da Embaixada da França frisou que a comunidade francesa de Moçambique tinha uma grande estima por Gilles Cistac, era um dos franceses com mais antiga presença em território moçambicano. "Ele era um traço de união entre a França e Moçambique", disse.
Américo Boca apresentou a mensagem da família onde estes consideraram Gilles Cistac como sendo uma pessoa brilhante tanto no seu percurso universitário como na sua vida activa. "Cistac era alegre e envolvente, obstinado, íntegro, tenaz, que dedicou a sua vida ao respeito do direito e da justiça.", disse Boca numa mensagem escrita pelo pai do malogrado.

A cerimónia de velório do professor Gilles Cistac que contou com a presença de diversas individualidades entre renomados juristas, advogados, membros da sociedade civil e de partidos políticos foi, igualmente, marcada por intervalos culturais com destaque para a apresentação do maestro Tinga e dos irmãos Frank e Lucrécia Paco, que apresentaram um poema de José Craveirinha, intitulado Lustro. 

Gilles Cistac chegou a Moçambique, em 1993, no âmbito de uma missão por parte do governo Francês, com 32 anos de idade, como Conselheiro Civil da Embaixada Francesa e afecto como docente na Faculdade de Direito da UEM. Terminada a sua missão retornou ao seu país e após algum tempo regressou a Moçambique contratado pela UEM como docente, actividade que exerceu até a data da sua morte.

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